Muito do plástico que chega ao oceano afeta e vitima seres marinhos; concentra-se em grandes ilhas flutuantes de plástico (macroplásticos) e entra na nossa cadeia alimentar através do peixe, marisco ou do sal que fazem parte da nossa dieta (microplásticos).
As estatísticas oficiais revelam que se continuarmos a poluir os oceanos ao ritmo atual de 8 a 12 milhões de toneladas por ano, é muito provável que em 2050 haja mais plásticos do que peixes no mar, até porque já existem estimativas segundo as quais os números atrás referidos podem triplicar até 2040.
Outro dado alarmante revela que a ingestão de plástico vitima anualmente 100 mil animais marinhos.
Analisando a origem deste lixo marinho, 80% provém de atividades realizadas em terra, o que significa que a solução também tem de começar na nossa casa ou na nossa escola.
Neste contexto, é inegável a predominância do plástico, que representa 80 a 85% do lixo marinho encontrado nas praias europeias. Dentro deste, 50% corresponde a objetos de Plástico de Utilização Única (PUU), a que vulgarmente chamamos de plástico descartável.
Por outro lado, também ao nível da União Europeia, importa referir que as redes de pesca abandonadas, perdidas ou descartadas representam 27% do lixo marinho.